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Por que não consigo emagrecer?

18 de Agosto de 2016, por Rômulo Costa

Presenciamos diariamente pessoas travando uma luta cruel contra a balança, com o objetivo de perder peso. Inicialmente, muitas conseguem obter bons resultados, mas com o decorrer do tempo a perda de peso vai ficando cada vez mais difícil, já outras pessoas nem sequer saem do lugar, ou seja, elas simplesmente não perdem peso algum. O ideal seria que todos que possuam algum objetivo referente a modificações na sua alimentação procurassem um profissional da nutrição, contudo, nem todos possuem recursos financeiros para isso. Sendo assim, elaborei esse artigo com o intuito de mostrar ao leitor em quais pontos as pessoas mais erram ao realizar uma dieta (reeducação alimentar) objetivando perda de gordura corporal (emagrecimento).

Primeiramente, devemos esclarecer que perder peso é diferente de emagrecer: o emagrecimento está diretamente relacionado com a diminuição da quantidade de gordura corporal e não apenas com o peso total. Nesse ponto, muitas pessoas possuem uma interpretação equivocada e acham que a simples perda de peso observada na balança já é suficiente para dizer que estão emagrecendo. Uma forma eficaz e rápida de observar se o processo de emagrecimento realmente está ocorrendo é através de uma avaliação física corporal, muito utilizada em consultórios de nutricionistas e em academias de musculação. Esse método fornece em percentagens e em peso a quantidade de gordura corporal presente em nosso corpo. A partir disso, podemos realizar um acompanhamento do trabalho de emagrecimento com mais acurácia.

Uma situação muito comum são as pessoas realizarem a dieta corretamente nos dias de semana e nos finais de semana comerem descontroladamente “tudo o que vê pela frente”. Vamos supor que você comece a “furar” a dieta já na sexta à tarde e vá até domingo à noite. Isso corresponde a aproximadamente 2/3 de todas as suas refeições totais em uma semana, ou seja, você ingeriu a mesma quantidade ou até mais da somatória do corte calórico realizado durante a semana, calculado pelo seu nutricionista. Mesmo que você não faça isso em todas as refeições do final de semana, em uma ou duas refeições, dependendo da quantidade e do que ingerir, já irá comprometer, e muito, seus resultados.

Muitos iniciam uma dieta altamente restritiva e não conseguem segui-la por muito tempo, retornando, assim, à sua alimentação habitual, gerando consequente ganho de peso. Esse ganho pode ser igual ou até maior do que o peso anterior. Seja em uma restrição muito grande de calorias ou de carboidratos, devemos sempre ficar atentos, pois isso pode acarretar diversos prejuízos cognitivos, psicológicos, metabólicos e hormonais, podendo afetar o funcionamento adequado do nosso organismo.

Um fator básico e necessário para que o processo de emagrecimento ocorra é ingerir menos calorias do que se consome ou gastar mais calorias do que se ingere. No entanto, constata-se que a segunda opção é muito pouco praticada pelas pessoas. Elas preferem acreditar muito mais em algum alimento ou substância do que realizar exercício físico na intensidade adequada, aumentando o seu gasto calórico e tornando os seus objetivos mais tangíveis. Para quem está na “luta contra a balança”, ficar atento em como andam a intensidade e a frequência da atividade física, realizando o exercício dentro das suas limitações físicas e disponibilidade de tempo diário, são fatores indispensáveis.

Consumir produtos falsos integrais em excesso e fugir das proteínas (carnes, ovos, leite, iogurte etc.) e fontes de gorduras boas, como as oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas etc.), azeite, abacate é um erro muito recorrente. Tome cuidado com os produtos industrializados com dizeres “fit” e integrais, pois, a maioria deles não passa de pura enganação. Priorize os alimentos em sua forma mais natural possível. Estudos atuais têm constatado que o bom consumo de proteínas, combinado com fontes de gorduras boas, é excelente estratégia para quem objetiva uma diminuição da gordura corporal.

Em suma, faça a sua atividade física com a supervisão de um educador físico e consulte um nutricionista de sua confiança, para que, juntos, eles possam traçar a melhor estratégia para conseguir atingir seu objetivo de modo seguro e eficiente.

P.S.: O artigo acima é meramente uma orientação, não substituindo uma consulta com um profissional da nutrição e/ou educador físico.

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