Ano de “vacas magras” no mercado imobiliário são-joanense


Economia

José Venâncio de Resende0

Parque São João, Av. Tomé Portes Del Rei.

O mercado de investimentos  em construção foi muito fraco, em 2023, em São João del-Rei, em grande parte por conta do decreto municipal nº 10.103 (de 16/08/2023), que define a quantidade e os padrões de vagas de garagem e estacionamento de veículos em prédios residenciais e outros. “Pegaram o modelo de Curitiba e implantaram numa cidade histórica do tamanho de São João del-Rei”,  resume o corretor Eustáquio Coelho Resende, da Venância Imóveis e também diretor do Sindicato do Comércio de Bens e Serviços de São João del-Rei (Sindcomércio).

Ele cita o exemplo da Inter Construtora que desistiu de um grande empreendimento imobiliário, depois do contrato já assinado, na Colônia do Marçal. Foi a mesma empresa que construíra o prédio residencial Parque São João, no bairro do Matosinhos. Outro dos poucos lançamentos em 2023 foi o Vila Munich Residencial, no bairro São Caetano, da construtora Evler.

Os dois empreendimentos da Inter fazem parte do programa Minha Casa Minha Vida, classificados como faixa 2 (teto de financiamento pela Caixa Econômica Federal de R$ 190 mil por unidade em São João del-Rei). Valor que Eustáquio considera baixo. A exigência de garagem por unidade aumenta o custo de construção, tornando inviável o preço máximo financiado.  

Outro segmento forte em São João del-Rei é o da compra de lote mais a construção, também financiado pela Caixa até o teto de R$ 190 mil. Também este mercado foi afetado pelo aumento do custo do material de construção, da mão de obra e do terreno. Para amenizar o problema, inventou-se o artifício do “meio lote” (terreno de 125 m2) que, juntamente com a construção, cabe dentro do limite máximo de financiamento da Caixa, conta Eustáquio.

Aluguéis

Em relação à locação em São João del-Rei, no ano passado acentuou-se a oferta de imóveis para aluguel, principalmente quitinetes e apartamentos. Com isso, os preços estão baixos e há muitos imóveis fechados por falta de interesse dos proprietários, conclui Eustáquio. 
      

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