No próximo mês, o JL completará 21 anos de existência. O nosso “jornalzinho”, como é carinhosamente chamado por alguns leitores, já percorreu a infância, enfrentou os turbilhões da adolescência e alcançou a maturidade da juventude, dialogando com os mais diversos públicos, defendendo temas desafiadores para a sociedade atual.
Folheando as páginas da nossa história, encontraremos os mais diversos assuntos que marcam as pautas jornalísticas. Meio ambiente, cultura, religião, política, educação, saúde, tecnologia, esporte, entretenimento. O JL procura tratar de todos esses temas de forma aberta, democrática e informativa por meio de reportagens amplamente elaboradas, entrevistas com especialistas e artigos de opinião. O nosso perfil editorial não é combativo, tampouco sensacionalista. Propomos, sim, um olhar crítico e aberto para os mais diferentes assuntos que pululam nos noticiários e afetam a vida do cidadão.
Acreditamos no papel da imprensa não como um quarto poder moderador, porém uma instituição essencial para a formação de leitores críticos, capazes de transformar o meio social.
Curiosamente, a edição deste mês vem como um cardápio de ideias que sempre surgem nas pautas do JL. A nossa reportagem de destaque trata de um projeto louvável que está sendo desenvolvido no Presídio de Resende Costa, com o apoio da Comarca local e do Poder Público. Os detentos que cumprem pena no presídio contam com a possibilidade de trabalhar para se capacitarem, se assim desejarem, a fim de voltarem ao convívio da sociedade e se reinserirem no contexto social. Destacar esse projeto significa, para nós, deixar transparentes valores e princípios nos quais acreditamos e corroboramos como fundamentais para o fortalecimento de uma sociedade democrática, na qual direitos e deveres podem e devem ser respeitados.
É estarrecedor quando nos deparamos com opiniões que deturpam e desumanizam o tratamento que o Estado deve conceder a quem cumpre pena e se encontra sob sua tutela. O Estado deve garantir aos apenados o direito e a oportunidade de olharem para seus erros, aprenderem com eles para retornarem à sociedade como cidadãos recuperados, distantes da criminalidade.
O projeto de ressocialização e de reinserção desenvolvido no Presídio de Resende Costa é uma mostra de que vale a pena acreditar na capacidade de mudança do cidadão. O JL acredita em iniciativas que defendem direitos e deveres e promovem a cidadania enquanto valor democrático.
Outro destaque de capa desta edição é a inauguração do primeiro núcleo da Boston Metal no Brasil. A nossa vizinha Coronel Xavier Chaves foi merecidamente contemplada por esse importante empreendimento que pretende revolucionar o conceito de metalurgia. A implantação da Boston Metal em Coronel Xavier Chaves traz como perspectiva o avanço na geração de emprego, além de impactar a economia de toda a região. Chama a atenção o método que a empresa aplicará no processo de transformação de rejeitos de mineração em metais de alto valor. A Boston está apresentando ideias inovadoras e de respeito ao meio ambiente, como a utilização de energias renováveis de baixo impacto ambiental. Desenvolvimento econômico sustentável associado à preservação do meio ambiente não é somente uma pauta bonita, mas um valor no qual o JL acredita e o incentiva.
Cultura é a nossa identidade. Nesses 21 anos de existência, ganhamos a marca de “jornal cultural”. Orgulhamo-nos desse reconhecimento e, devido a ele, temos o compromisso de levar cultura e conteúdo jornalístico de qualidade aos nossos leitores. É também destaque na edição nº 251 o lançamento do primeiro romance da escritora resende-costense Janete Helena. “O Túmulo da Desconhecida”, editora Viseu, 2024, é uma obra que confirma a criatividade e a competência da autora que muito contribuiu com o JL desde os seus primórdios. Mais uma obra literária que nasce em Resende Costa, comprovando que vale a pena acreditar e apostar na cultura e na educação como formas de desenvolvimento humano e social. O JL acredita e incentiva essa ideia. Boa leitura!