Kaessy Modas – a trajetória da loja que se reinventa e mantém a tradição

Clientes que compraram roupas para filhos hoje já compram para os netos


Série Negócios que Contam Histórias

Vanuza Resende0

Equipe da Loja Kaessy. Kátia Correa, segunda da esq. para a dir. (foto Kaessy)

No terceiro episódio da Série Negócios que Contam Histórias, o JL conta a história da Kaessy Modas. Kátia Aparecida Resende Correa, sócia e proprietária da Kaessy Modas, revela os bastidores e os desafios enfrentados pela empresa desde a sua criaçãoaté os dias atuais. A loja se tornou referência em moda e qualidade em Resende Costa.

A ideia de abrir a loja surgiu de uma proposta do irmão Aurélio Suenes. Proposta considerada ousada por Kátia. Aurélio morava em Pouso Alegre e enxergou em Resende Costa uma oportunidade de negócio. “Em uma das vindas em Resende Costa, Aurélio me propôs abrirmos um comércio em sociedade. Relutei bastante no começo porque tinha medo e não tínhamos dinheiro. Depois de ele falar bastante, encarei o desafio, desde que fosse uma loja infantil, pois na época não havia nenhuma na cidade.  Então a Kaessy surge com a venda de um gol quadrado branco e R$10.000,00 emprestados”, revela Kátia.

O nome diferente, mas que hoje é conhecido na cidade, veio de uma inspiração de Pouso Alegre. “Tem uma boutique lá que se chama ‘Karech’. Aurélio achou o nome bonito e queria algo no mesmo tipo para a loja, daí fiquei pensando em nomes e saiu Kaessy, escrito da forma que é”.

Inicialmente voltada para o público infantil, a Kaessy expandiu seu público-alvo ao longo dos anos. “Inauguramos a loja no dia 23 de fevereiro de 2002, ali na Avenida, onde funcionou a farmácia do Barbozinha. Ficamos nesse local por seis meses, quando tivemos que nos mudar e ficamos instalados em frente à loja do João Bosco até 2011. Nosso público começou com o infantil e foi assim até 2011, quando a loja já estava sobre a administração da Danielle, minha cunhada. A partir dessa data, a Kaessy começou a trabalhar com adultos e calçados também”, relembra.

Apesar dos desafios enfrentados desde a abertura da loja, como a dificuldade de compra de estoque e a adaptação às mudanças do mercado, a Kaessy se mantém firme em sua missão de oferecer qualidade e bom atendimento aos clientes. “No começo era muito difícil comprar roupa infantil em São Paulo, quase não havia opções e, em nosso caso, faltava dinheiro para investir em estoque. Não tínhamos carro para trazer a mercadoria de São João del-Rei para cá. Quando eu ia, tinha que pagar táxi ou ganhava carona de algum comerciante da cidade”, conta Kátia.

De acordo com a proprietária, o Natal ainda é o período em que a loja mais vende. “O Natal ainda é o campeão, mas trabalhamos muito no inverno também, que, por sinal, este ano ainda não deu as caras”. Para a empresária, a pandemia mudou o perfil dos clientes. “O perfil mudou muito nesses últimos anos, principalmente depois da pandemia. O consumidor descobriu as compras on-line; hoje tenho buscado estudar o novo perfil de clientes. Além disso, eles compram mais conscientes, querem qualidade e preço. Esse é um desafio e tanto”.

Se, por um lado, o cliente mudou as formas de pagamento, por outro lado, a tradicional ficha continua. “Hoje não abrimos mais crediário, só mantemos aqueles que já tinham o cadastro conosco. Nossas vendas à vista e no cartão aumentaram bem, mas ainda não ultrapassam as anotações nas fichas”, detalha Kátia.

 

As vendas e o uso da internet

Com relação às vendas on-line, Kátia reconhece a importância de se adaptar às mudanças do mercado. “Pretendo começar a vender online, porém antes preciso ter mais conhecimento sobre esse tipo de comércio”. Para impulsionar as vendas, a loja tem contado com o auxílio de Kelvyn, especialista em marketing digital na cidade. “Estou aprendendo e não está sendo fácil. São muitas informações e temos que filtrar muito o que nos cabe. A maior parte vemos na internet e adaptamos para nossa realidade. Já outros surgem da minha cabeça. Não gosto de redes sociais, mas entendo que preciso dela para conseguir vender hoje. Para você ter uma ideia eu faço vídeos e stories e não vejo como ficaram, senão apago tudo”, confessa a proprietária.

Para manter as portas abertas, a Kaessy busca se conectar com a comunidade por meio de ações e iniciativas que vão além das vendas. “Temos que correr atrás de sonhos, lutar por eles”, ressalta Kátia. “Não é fácil empreender, vivemos uma luta diária, mas se você sonha, corra atrás, trabalhe muito e seja honesto porque não existe realização sem trabalho.”

E ao longo de mais de duas décadas, o sucesso é comprovado pela clientela. “Temos muitas histórias, mas para uma eu chamo a atenção. É um fato que aconteceu em nossa reinauguração, em fevereiro deste ano. Contamos nossa experiência de clientes que compravam para os filhos e hoje compram para os netos”, destaca Kátia, comprovando as histórias que os comércios constroem em Resende Costa.

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