Voltar a todos os posts

O novo Papa Leão XIV

28 de Maio de 2025, por João Magalhães

Primeiro quero apresentar a lista de papas com o nome de Leão. São 13. Agora, com eleição do novo papa, que sucede ao falecido Papa Francisco, são 14.

Leão I, também conhecido como São Leão Magno, que pontificou entre os anos de 440 e 461 d.C., foi o 45º papa da história da Igreja Católica e ficou famoso por seu compromisso com a paz. É lembrado também por persuadir Átila, o huno, a interromper a invasão de Roma e poupar o Império Romano da destruição. Ele assumiu o papado no ano de 440 e permaneceu no cargo por 21 anos, até 461.

Leão III é lembrado especialmente devido à coroação de Carlos dos francos, o Carlos Magno, como imperador, na Basílica de São Pedro original, no dia de Natal do ano 800. O marco inaugurou o sacro império romano, uma entidade política que perdurou por mil anos, de acordo com informações da Britânica (enciclopédia). Ele assumiu o papado em 795 e permaneceu no cargo até 816.

Leão IX: O pontificado de Leão IX é memorável por dois motivos. Primeiro, pelas amplas reformas que implementou na Igreja. Segundo, pelo apoio firme à supremacia papal, que levou à ruptura formal com a Igreja Ortodoxa Oriental, em 1054, segundo a enciclopédia. Ele assumiu o papado no ano de 1048 e permaneceu no cargo até 1054.

Leão X: Segundo a Britânica, Leão X foi um importante papa renascentista. Ele fez de Roma um centro cultural, mas também contribui para a reação contra a Reforma Protestante ao se opor a Martinho Lutero. Ele era integrante da grande família Médici de Florença, na Itália, e gastou todo o dinheiro que conseguiu reunir para transformar Roma em uma grande cidade, segundo a enciclopédia. Ele assumiu o papado no ano 1513 e permaneceu no cargo até 1521.

Leão XI teve um pontificado de curta duração, pois morreu logo após sua eleição, segundo informações da Britânica. Ele assumiu o papado no ano de 1605 e permaneceu no cargo por 26 dias.

Leão XII focou no estabelecimento do poder papal e na reforma dos Estados Pontifícios. Assumiu o papado no ano de 1823 e permaneceu no cargo até 1892.

Finalmente, chegamos ao papa Leão XIII, que, pelo que se saiba, a grande inspiração do atual papa, o americano naturalizado peruano, Robert Prevost, 69, que escolheu o nome de Leão XIV.

Leão XIII: Conhecido por suas reformas sociais, como o mostra sua encíclica ”Rerum Novarum”, que abordou questões da sociedade e dos direitos dos trabalhadores. Assumiu o papado no ano de 1878 e permaneceu no cargo até 1903. Portanto, teve um longo pontificado: 25 anos.

Difícil não concordar com o editorial do Jornal O Estado de S. Paulo, edição de 9 de maio de 2025, em sua coluna “Notas e Informações”: “O desafio de Leão XIV”, cujo resumo apresento ao nosso leitor. “O novo papa herda uma Igreja em transformação em um mundo conturbado. Para ser um pontífice da paz numa era de conflitos, precisará dialogar sem abandonar convicções, reformar sem romper. Na Praça São Pedro, em seu primeiro pronunciamento após ser eleito papa, Leão XIV pronunciou dez vezes a palavra “paz”. “Que a paz esteja convosco” disse, repetindo a saudação de Cristo ressuscitado. “Uma paz desarmada, uma paz desarmadora, humilde e perseverante, que vem de Deus”, e que o papa gostaria que entrasse em nosso “coração”, alcançasse nossas “famílias”, “todas as pessoas onde quer que estejam”. E disse como cumprirá essa missão com uma Igreja que “constrói pontes, que dialoga, sempre aberta em a receber”, que “caminha”, que busca “sempre a caridade” e “sempre estar próxima especialmente dos que sofrem”. E continua o Jornal: “Rios de tinta e saliva correrão sobre o perfil do pontífice. Seu pontificado se adaptará ao mundo moderno ou tentará adaptá-lo? Qual será sua posição ante causa LGBT, a ordenação de mulheres, a guerra na Ucrânia ou – inevitável – seu conterrâneo Donald Trump?” E termino o resumo: “A Igreja não tem armas nem capital, mas está na melhor para dialogar com protestantes e ortodoxos; com judeus e muçulmanos – todos filhos de Abraão e tributários de Moisés. Ela compartilha da fé humanista na dignidade absoluta do ser humano e na fraternidade universal – mas porque crê em um Pai-; compartilha o anseio muçulmano de servir a um Deus absolutamente bom – mas um Deus humano”.

É o que penso. E você?

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário