Ah, o futebol... Sempre uma montanha-russa de emoções. Chegamos ao fim de 2024 e, como num samba bem tocado, o ano teve seus altos, baixos, uns tropeços e conquistas gloriosas. Vamos à resenha?
Começando pela dupla mineira, que neste ano misturou tragédia e comédia como novela das oito. O Cruzeiro, meus amigos, fez um arroz com feijão bem temperado: garantiu vaga na Sul-Americana, mas deixou a Libertadores passando de ladinho. Sabe aquele famoso “quase”? Pois é, foi a Raposa tentando se acertar, mas sem brilho suficiente no tapete azul e branco estendido. Pelo menos o time não esboçou perigo de Série B e chegou a uma final depois de ter visto quase o próprio final. Tá que o torcedor celeste é exigente e queria mais, mas, só de respirar aliviado, a temporada 2024 teve de bom tamanho.
Enquanto isso, o Atlético foi protagonista de uma temporada que mais parecia um drama shakespeariano. Eu até colocaria a culpa no calendário, mas teve time que mostrou que não importa o número de jogos e competições: consegue fazer o que tem que ser feito. Atlético esteve em duas finais. E nas principais finais disputadas pelos clubes brasileiros. E como eu disse nesta coluna no mês passado, só perde final quem disputa. Mas não precisava perder as duas, e precisava menos ainda chegar à última rodada com aquele friozinho na barriga típico de quem dança na beira do precipício? O risco de rebaixamento foi real e a massa atleticana precisou ficar com o terço na mão. Não precisava disso! Mas precisava de um título, né?
Agora, mudando o tom, que tal falar de redenção? O Botafogo, aquele mesmo que muitos diziam ser o “eterno cavalo paraguaio”, resolveu calar todo mundo. Não só ganhou o Campeonato Brasileiro com autoridade, como também levou a Libertadores! Pois é, meu amigo, o Glorioso saiu da fila, abriu a geladeira e desceu a taça com gosto. Lá no Rio, o clima é de festa eterna. Afinal, quem diria que o “time que nunca vai” fosse tão longe?
Entre os outros gigantes, o Palmeiras fez um ano consistente, mas ficou com aquele gosto amargo de “quase” em todas as competições. O Flamengo, que sempre entra com a pompa de favorito, caiu em momentos decisivos e viu sua torcida questionar o elenco milionário. E o Corinthians? Ah, o Timão só agradece por ter evitado o pior depois de um segundo turno digno de campeão. E promete dar as caras com mais força no ano que vem.
A temporada de 2024 foi isso: reviravoltas, zebras, times se reinventando e outros tentando não se perder mais ainda. Agora é esperar 2025 chegar com suas novas promessas e dramas. Até lá é aguentar dança das cadeiras dos comandantes, anúncios que só acontecem na internet e não vingam, disputa de quem afinal tá montando o time mais competitivo! Ah, o futebol...