Cinco vezes seguidas. Não tá fácil para o Cruzeiro quebrar a hegemonia do Atlético Mineiro no estadual. No começo do mês, deu a lógica do início da temporada: o Galo sendo Campeão Mineiro. A lógica, porque é o time mais caro, com mais elenco e o melhor de Minas Gerais nos últimos anos. Não tem como discutir.
Mas a lógica não entra em campo, né?! Principalmente no campo da Arena MRV, com o Cruzeiro gostando de jogar na casa do adversário. E pelo fato de a lógica não entrar em campo, mais de 60 mil cruzeirenses foram até o Mineirão por confiarem que o título em 2024 ficaria com o time do patrão Ronaldo. E, dessa vez, poderia ficar. Vantagem de dois resultados iguais. Gol da Raposa, explode coração na maior felicidade, é lindo o meu Cruzeiro contagiando e sacudindo essa cidade...
Ops! Se os torcedores celestes tinham a confiança, os alvinegros tinham o ‘eu acredito’. E, não só eles, como os jogadores comandados por um novo técnico, precisaram acreditar na superioridade do coletivo para virar o placar. Para virar, primeiro precisa de um empate, né? Pronto! Deu tempo de mais 1, e o terceiro para fechar o salão de festas dos atleticanos que comemoraram sozinhos em uma tarde de Mineirão lotado!
Os 3x1 não refletiram tanto quanto os 2x2 do primeiro jogo da final. Para mim, o empate muito justo. Um tempo de cada. Os 3x1 foram doídos porque não precisavam ser do jeito que foi. Era para segurar, mas não segurar aos 10 minutos do segundo tempo. O Atlético não tem nada com isso. De pênalti ou contando com o apagão da zaga, queria era descontar a sensação que os atleticanos sentiram em casa nos últimos clássicos. Missão cumprida.
Desde 2019 tem sido assim: o grito de galo e uma dor de cabeça para os torcedores da Raposa após cada estadual... No entanto, a hegemonia do Atlético não é apenas resultado de seus próprios méritos, mas também reflete um período de turbulência e desafios enfrentados pelo Cruzeiro. O clube celeste continua com o passado refletindo no presente: crises financeiras, administrativas e esportivas que abalaram sua estrutura e comprometem o desempenho do time em campo.
Já o Atlético anda com a faca e o queijo na mão. Uma SAF estruturada e bilionária. Um estádio para chamar de seu. Um elenco forte e os torcedores pegam no pé de Paulinho. Tá, o pé podia ser mais calibrado, mas é o pé do Paulinho, né?! Parabéns ao Galo, que pode até receber milho, mas colhe medalhas!
E que venha o restante da temporada. E que em Minas só falemos de Galo, e nada de frango (valeu, Rafael. Foi bom, mas não deu).