Vimos gigantes de 1,40m. Vimos também atletas menos experientes vencerem medalhistas olímpicos; desabafos de quem treina para ser campeão olímpico escutando ofensa na rua.
Teve mãe indo competir com medo de perder a guarda da filha, o primeiro ouro na história de um país, o choro de quem viu colegas morrerem porque a guerra insiste em vencer a paz, e a superação de quem foi colocada em escanteio ser ouro representando quem a acolheu.
Suor, lágrimas de alegria e de decepção. Desespero com a arbitragem, com o tempo, com o corpo que não ouviu a mente.
Teve gente ganhando com a mão no bolso, outros vencendo até a gravidade. Atleta batendo recorde que parecia impossível ser batido, mas teve também recorde sendo mantido.
Teve país surpreendendo e melhor do mundo comentando erros. Surpresas e decepções. Calor, chuva, mar calmo e rio estranho. Teve bronze com gosto de ouro e ouro que valeu menos do que prata. Teve acréscimo em exagero, apito que aparecia antes da hora e outros que demoram muito.
Nomes que serão imortais, dias que foram longos e provas de horas que passaram em segundos.
Na raça, na vontade e na força, foram 20 medalhas que nos colocam entre os 20 melhores países do mundo. Ah, o espírito olímpico que nos abraça a cada quatro anos... O desejo é que ele continue, continue nos fazendo rir, pular, chorar e refletir. Valeu, time Brasil.