“Surpreso, mas, acima de tudo, extremamente satisfeito e grato”. Essa foi a reação de Elson Antônio Ribeiro, o Coló, 48 anos, o vereador mais votado de Resende Costa na última eleição. Considera-se, assim, pronto para dar sequência ao trabalho do primeiro mandato, em áreas como Saúde, Educação, Turismo, Empreendedorismo, Cultura e Zona Rural. Natural do povoado do Cajuru, Coló é filho de Nivaldo e de Dona Lázara, descendente das famílias de Manuel Valeriano e Dona Denita e de Geraldo Alves, “carinhosamente conhecido como Cafuíta”, e de Dona Maria (Dinha). É casado com Anatéria e pai de Amanda e Gustavo.
Coló, que ingressou na política pelo PSD, “o único partido do qual participei até hoje”, é o entrevistado da seção Política desta edição do JL.
Com quantos anos o sr. mudou do povoado do Cajuru para a cidade? Permaneci no Cajuru até os meus 28 anos, quando me casei e me mudei para a cidade. Mas sempre estive presente no povoado. Comecei a trabalhar desde muito novo como lavrador e, em um desses trabalhos, buscando uma nova alternativa, tive a ideia de empreender e iniciar uma rota de viagem, tornando-me vendedor, ofício que exerço até hoje com muito orgulho.
Por que o sr. decidiu entrar na política? Os caminhos que trilhei, representando minha comunidade e exercendo cargos em projetos sociais não remunerados, me tornaram naturalmente um representante do povo. Isso, posteriormente, me gerou convites para ingressar na vida pública. Confesso que nunca havia almejado um cargo político, tudo que fazia era apenas com o intuito de ajudar a população. Quando me convidaram para ser candidato, como isso não fazia parte das minhas metas, resisti bastante no início. Porém, com o apoio da minha família e de amigos e com muita fé em Deus, resolvi enfrentar esse desafio e tive a graça de desempenhar bem as funções para as quais o povo confiou em mim. No início do meu mandato, por ser uma nova experiência, fiquei bastante preocupado. Primeiro, entender na prática como funcionava a máquina pública, e para isso busquei conselho e experiência dos vereadores “mais velhos da casa”; e a minha segunda preocupação era atender aos anseios da população. Para resolver isso, busquei ver de perto o que o povo esperava, quais eram suas necessidades e sempre procurei ouvir e representar a voz da população. Aprendi muito, mas sei que a trajetória é longa, e continuo em busca de aprender mais.
Quais são as suas principais áreas de atuação? Durante o meu primeiro mandato, foquei nas áreas que afetam direta e positivamente a maior parte da população: Saúde, Educação, Turismo, Esporte, Empreendedorismo, Cultura e Zona Rural; pretendo continuar representando essas áreas nos próximos quatro anos, pois vivo essas pautas diariamente. Inclusive, tenho projetos e indicações aprovados em todos esses setores.
O sr. ficou surpreso com a sua votação? A que atribuir a quantidade expressiva de votos, tanto nessa eleição quanto no pleito de 2020? Fiquei bastante surpreso, mas acima de tudo extremamente satisfeito e grato. Acredito que o que me elegeu no pleito de 2020 foi, acima de tudo, o Coló como pessoa, as boas relações de amizade que construí durante minha vida, minha família e o impacto da minha luta, evidente pelos projetos sociais dos quais participei, o que me rendeu 339 votos. Contudo, o desafio do pleito de 2024 era ainda maior, pois, além do Coló amigo, do Coló família e do Coló das representações sociais, havia agora o Coló político, que exerceu quatro anos de mandato; e os votos iriam refletir se o trabalho feito foi assertivo ou não. Como sei do meu compromisso, estava esperançoso de que seria bem votado, mas não imaginava poder quebrar o recorde da cidade. Fiquei extremamente honrado com os 634 votos no pleito de 2024. Mas, antes de comemorar, lembrei das palavras de meu pai: “Mais votos, mais trabalho, responsabilidade e compromisso”. Isso não me assustou. Pelo contrário, me motivou a trabalhar ainda mais.
Quais são os seus planos para o próximo mandato? São as pautas que defendo e pelas quais luto, representadas em projetos e indicações; e posso dizer especificamente que impactaram positivamente a qualidade de vida da nossa querida Resende Costa. Durante minhas viagens de trabalho, converso com muitas pessoas e observo o que funciona em outras cidades. A partir disso, tenho ideias para apresentar em meus projetos. Pretendo continuar focando em Saúde, Educação, Turismo, Empreendedorismo, Cultura e Zona Rural. Na Saúde, vejo como pilar básico a qualidade de vida, buscando acelerar processos, melhorar atendimentos e promover acesso à saúde e aos medicamentos. Na Educação, acredito que é preciso focar no Ensino Básico, promovendo melhores experiências e capacitando nossas crianças para o futuro, neste mundo que muda rapidamente, além de garantir o acesso gratuito ao Ensino Superior, promovendo oportunidade, capacitação e novas perspectivas de futuro. No Turismo, busco valorizar o artesão, o artesanato e toda a cultura têxtil que moldaram nossa cidade, evidenciando o potencial turístico de Resende Costa. No Empreendedorismo, que exerço há quase 30 anos, luto pelo acesso à capacitação para os resende-costenses, para que, assim como eu, possam moldar seu futuro empreendendo e gerando novas experiências profissionais. Na Cultura, acredito que nossa cidade tem uma população repleta de artistas em vários âmbitos, com uma vasta riqueza cultural em músicas, danças, desfiles de carros de boi, eventos e esportes. Quanto à Zona Rural, onde cresci e vivi, conheço de perto os problemas enfrentados pela população rural e busco representar essas demandas, propondo melhorias nas estradas, valorização do agronegócio e do produtor rural.
O sr. continua exercendo outra atividade profissional? Sim, continuo exercendo meu ofício de vendedor, paralelo ao trabalho rural.