Voltar a todos os posts

Valeu, Ronaldo. Seja bem-vindo, Pedrinho!

21 de Maio de 2024, por Vanuza Resende

Em 18 de dezembro de 2021, acontecia o que eu considero uma das maiores reviravoltas no futebol brasileiro: o jogador que despontou em um clube voltou para comprá-lo no pior momento da história do time. O Cruzeiro Esporte Clube era SAF, a SAF do Ronaldo Fenômeno.

E a salvação veio. Salvação de um clube falido, endividado e desacreditado pela fase que vivia. A torcida agarrou-se à promessa, viu o retorno do clube para a Série A e criou expectativas de que o Cruzeiro em apenas alguns anos voltaria a ser o clube combativo que sempre foi.

Mas não foi bem assim. O ex-atacante prometeu investir R$350 milhões em cinco anos. Os primeiros R$50 milhões foram injetados ainda no primeiro ano. Mas o que para os torcedores pode parecer muito, no mundo do futebol não é tanto assim. As cobranças começaram, o time não rendeu tanto que poderia render. Poucos nomes de peso chegaram, entra técnico, sai técnico... O Ronaldo aparecia no estádio sempre que dava, acompanhava os jogos, falava pouco para evitar entrar em confusões e mantinha o contato com o torcedor, que se dividia entre admirar o ídolo e cobrar do gestor.

Depois de dois anos e quatro meses intensos, a oficialização: Ronaldo vende 90% de controle da SAF do Cruzeiro ao empresário Pedro Lourenço, o Pedrinho dos Supermercados BH, por R$600 milhões de reais. Dessa quantia, R$ 100 milhões foram “abatidos” por conta de investimentos feitos por Pedrinho na reforma do centro de treinamento do clube.

Pedrinho tem um patrimônio bilionário, é torcedor do clube e um bom administrador. Tem o voto de confiança e a gratidão da torcida. Um dia, ouvi de um amigo cruzeirense que o maior reforço que o time poderia ter era pelo menos mais uns cinco torcedores iguais ao Pedrinho. Entendi a analogia e até concordei. Imagine pagar contas, salários de jogador, só porque é torcedor? Ninguém é bobo de não querer isso para o time dele.

Pedrinho chega com um discurso pé no chão e comprometido. Com o grande diferencial: ser torcedor do clube e pelo clube. Ronaldo não era torcedor do clube, mas torcia por ele, e isso ajudou muito, mas não foi suficiente.

O Cruzeiro continua sendo empresa. Uma empresa com um histórico invejável, porém que ainda vive a pior crise da sua história. Já começa a caminhar e esboça vez ou outra uma recuperação, mas que não vai ser rápida. Não tem como ser. De qualquer forma, uma injeção de ânimo sempre é bem-vinda!

Bem-vindo, Pedrinho!

     Leitor, eu termino com uma pergunta? E aí já comprou nos Supermercados BH hoje? E amigo atleticano não precisa ficar bravo, afinal, pelo menos ate 2025, tem patrocínio do BH na SAF do Galo também!

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário