Lucas Paulo é o mais novo prefeito de Resende Costa. Em 6 de outubro, data do 1º turno das Eleições 2024, o candidato do PSD mostrou seu favoritismo e foi consagrado como o mais novo chefe do Executivo municipal para o quadriênio 2025 a 2028.
Com 79,89% dos votos, Lucas venceu Emídio (PT, Avante, PcdoB e PV), que teve 20,11% dos votos. No total, 7.877 eleitores compareceram às urnas em Resende Costa (MG). O 1º turno das Eleições 2024 em Resende Costa (MG) teve 7.304 votos válidos, sendo 197 votos brancos e 376 votos nulos.
Lucas, 34 anos, é casado e possui Ensino Médio completo. O vice-prefeito eleito em Resende Costa é Paulinho Barbeiro, 38 anos, do MDB. Os dois fazem parte da coligação SEGUINDO EM FRENTE, formada pelos partidos MDB, PSD e PL.
Lucas foi eleito vice-prefeito em 2020 na chapa liderada por Zinho Gouvea (PSDB) e assumiu a cadeira de prefeito em junho de 2021 devido ao afastamento do Zinho por problemas de saúde. Por mais quatro anos, Lucas vai continuar governando a cidade de Resende Costa.
O senhor foi eleito com quase 80% dos votos. Como interpreta essa votação expressiva que recebeu da população? O que isso representa em termos de confiança e expectativas para o seu próximo mandato? A população aprovou nosso mandato, ou seja, concordou com muitas ações, programas e projetos que criamos nos últimos anos, além de ter gostado de tudo isso. A cidade, de fato, vem se desenvolvendo e crescendo. Isso, para mim, representa gratidão e, claro, muito mais responsabilidade, muito mais trabalho para retribuir todo esse voto de confiança. Sabemos que avançamos muito, mas, como sempre falamos, precisamos avançar mais, a cada dia. A expectativa para o próximo mandato é a melhor possível, já que hoje temos um caixa na prefeitura, as contas estão em dia, bem administradas. Temos muitos projetos em andamento para serem entregues. A perspectiva é a melhor possível para continuarmos nos próximos quatro anos.
Quais são os principais projetos e iniciativas que pretende dar continuidade ou implantar nesta nova gestão? Há algum foco especial para áreas como saúde, educação e turismo? Eu sempre gosto de repetir que nossa prioridade sempre será a saúde. Assim, vamos continuar investindo muito nessa área, reconhecendo as dificuldades. Hoje somos um município de saúde plena, o que gera mais responsabilidade, mas também mais recursos. Portanto, a saúde será nosso foco principal. Mas não vamos deixar de dar atenção a outros projetos importantes, como a educação. Saúde e educação são prioridades. Nosso turismo vem crescendo e se desenvolvendo, e precisamos trabalhar para gerar emprego e renda. Vou focar muito no desenvolvimento econômico do município, na geração de emprego e renda. Somos a Capital Nacional do Artesanato Têxtil, porém não podemos nos acomodar com esse título. Precisamos aproveitar essa oportunidade para fomentar o turismo, aumentar o número de visitantes em nossa cidade, vender bem nossos produtos e gerar emprego e renda, não só no artesanato, como também em outras áreas que correspondem ao que o turista busca em nosso município. Isso nos permitirá ter mais empreendimentos, como alimentação, hospedagem e visitas. Acredito que conseguiremos fazer esse trabalho.
Resende Costa se consolidou como polo de artesanato. Quais são os planos da administração para continuar impulsionando o turismo e fortalecer ainda mais essa vocação da cidade? Pretendemos consolidar esse título, mas, como eu disse, não podemos nos acomodar com isso. Precisamos trabalhar esse nome, fazer marketing, divulgar a cidade por Minas, pelo Brasil afora e nos preparar para receber bem os turistas, tanto na estrutura física quanto nos serviços. Nossa administração vai se preparar para isso, além de criar processos, cursos e organizar a população para atender bem os visitantes. Queremos trabalhar intensamente em torno do nome “Resende Costa, Capital Nacional do Artesanato Têxtil”.
Quais são as principais melhorias em infraestrutura que a população pode esperar nos próximos anos? Há planos para ampliação de serviços? Minha intenção para 2025 é trabalhar com reformas. Precisamos reformar alguns prédios públicos, como a Prefeitura, as escolas, o Teatro Municipal e também o nosso Mirante das Lajes. 2025 será o ano das reformas. Temos muitas obras para entregar, incluindo algumas desafiadoras, como a construção de uma UBS na rua Doutor Gervásio, que é uma obra complexa. Também há o desejo de revitalizar o nosso trevo. São obras grandes que pretendemos realizar. No entanto, em 2025, o foco será na manutenção e na reforma dos prédios que já temos.
Como pretende fortalecer a participação dos cidadãos nas decisões do governo municipal? Já trabalhamos muito com a questão de ouvir a população, especialmente na zona rural, onde damos atenção especial aos conselhos. Sempre nos reunimos com os conselhos, colocamos as prioridades da comunidade e avançamos nesses pontos. Cada comunidade tem sua prioridade e sempre nos sentamos para conversar e resolver ponto a ponto. Isso tem funcionado muito bem. Na cidade, também ouvimos a população, embora a participação nas audiências públicas ainda seja baixa. Gosto muito de interagir nas redes sociais, dando oportunidade para que as pessoas opinem, participem e deem sugestões. Vamos continuar ouvindo a população dessa maneira.
Qual foi o maior desafio enfrentado durante o seu primeiro mandato e como planeja superar desafios similares nesta nova etapa? Enfrentamos uma pandemia que ocupou praticamente metade do mandato, entre 2021 e 2022. No final de 2022, a pandemia começou a se estabilizar. Acredito e espero que não enfrentemos isso novamente. Se acontecer, estaremos preparados, como estivemos no início do mandato. Outro desafio foi a dengue, que também encaramos com coragem. Esses surtos de doenças dificultam muito não só o município, mas todo o país, sobrecarregando o sistema de saúde. Além disso, a burocracia é sempre um desafio, tornando a gestão mais lenta. Precisamos estar preparados com planos alternativos, pois, infelizmente, o processo burocrático no poder público atrasa a entrega de resultados.
A educação e a cultura sempre foram segmentos importantes para o desenvolvimento de Resende Costa. Quais as novas propostas para essas áreas e como pretende apoiar os jovens da cidade? A educação é muito importante para nós, uma das principais áreas, junto com a saúde. Avançamos muito, criando programas importantes e fortalecendo nossa rede. Implementamos a educação bilíngue, uma novidade na região e até em Minas Gerais, em uma escola pública. Trouxemos uma faculdade para Resende Costa, oferecendo oportunidades para quem não teve acesso ao Ensino Superior. Recentemente, implantamos o tempo integral e queremos avançar ainda mais na ampliação de vagas no CMEI Aquarela. Também estamos estudando a possibilidade de incluir a robótica no ensino. Na cultura, criamos uma pasta exclusiva, associando-a ao esporte e ao lazer, para fortalecer ainda mais o setor e aproximar os artistas e organizadores de eventos na cidade.
De onde surgiu o lema “Menino que não anda, não vende picolé”? Como isso reflete a sua postura, popularidade e atuação como gestor público? O lema “menino que não anda, não vende picolé” surgiu de uma viagem a Brasília, há alguns anos, com o vereador Coló, que mencionou essa frase. Eu gostei muito da expressão e adotei como marca pessoal, porque realmente reflete a ideia de que se você não corre atrás, não consegue resultados. Esse lema se fortaleceu durante a campanha porque eu e o Paulinho éramos considerados “meninos” até pela oposição, e resolvemos, então, transformar isso em uma vantagem. Vamos continuar com essa filosofia na gestão: andar, correr atrás, batalhar para fazer o melhor para a cidade.
O meio ambiente tem ganhado cada vez mais relevância. Há planos de implantação de políticas sustentáveis para preservação dos recursos naturais no município? Precisamos dar atenção especial ao meio ambiente. Vamos focar em duas principais frentes no nosso município. Primeiro, finalizar a obra de implantação da rede de esgoto, que já está licitada. Queremos ter mais de 95% do esgoto tratado, o que é um grande desafio no Brasil, mas temos essa oportunidade. Outra prioridade é o Horto Florestal. Queremos recuperar e revitalizar esse espaço, criando trilhas ecológicas e construindo um centro de apoio para turistas e para a população local.
Como o senhor vislumbra Resende Costa nos próximos anos? Quais são seus sonhos e expectativas para o desenvolvimento do município até o fim do seu mandato? Vejo Resende Costa cada vez mais como referência no estado, seja pela boa gestão, seja pelo artesanato, pelo turismo ou pelo acolhimento do nosso povo. Já somos uma das cidades mais visitadas na região e acredito que temos tudo para crescer ainda mais. Estamos organizados e, se tudo continuar conforme planejado, vamos avançar em várias áreas, cuidando da nossa população e, ao mesmo tempo, atraindo visitantes, o que gerará emprego e renda para todos.
Vocês já pensaram no próximo secretariado? Pensam em manter os que já atuam na gestão? Quando serão anunciados os nomes? Ainda vamos marcar uma reunião com o Paulinho para discutir o secretariado, porém grande maioria deve continuar, se não todos. Tivemos uma aprovação expressiva, o que mostra que o trabalho foi bem feito e que os secretários estão diretamente envolvidos nesses resultados. Não faz sentido mudar muito. Claro, alguns ajustes podem ser feitos, especialmente se identificarmos áreas onde houve mais críticas. Vamos discutir isso e, se necessário, faremos trocas pensando na melhoria da gestão.
Fique à vontade para suas considerações finais. Quero agradecer à população de Resende Costa a oportunidade de continuar o trabalho. Estamos sempre à disposição para atender cada cidadão. Não vamos conseguir fazer tudo que gostaríamos, mas faremos tudo com muito carinho e responsabilidade, priorizando áreas como saúde, educação, desenvolvimento econômico e geração de renda. Também quero agradecer à zona rural, onde tivemos uma votação expressiva, e reforçar nosso compromisso com a melhoria das estradas e da saúde para os produtores rurais. Vamos trabalhar muito para retribuir toda a confiança que nos foi dada.