Galo recebeu a reportagem do JL no escritório improvisado da empresa (na casa de hóspedes) em terreno adquirido pela Rede Gusa na barra da Serra do Carretão (o novo escritório está em fase de construção). Ele contou que, há quatro anos, chegou à região à procura de minério, quando foi informado por um agricultor de idade avançada de que havia evidências da matéria-prima siderúrgica na Serra do Carretão. Então, a Rede Gusa entrou com pedido junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) de autorização para a realização de pesquisas. Foram feitos oito furos de sonda (de 50 metros cada) e 22 trincheiras (ou valas) mediante contratos de curta duração com sitiantes da região.
Após as sondagens, apurou-se a ocorrência de magnetita de boa qualidade (66 a 68% de teor de ferro), a mesma existente em Morro do Ferro (distrito de Oliveira), Passa Tempo e em outras duas áreas de Desterro de Entre Rios (Serra do Barro Branco). 60% das reservas da Serra do Carretão estão localizados em território resende-costense (o restante está no município de Desterro). A Rede Gusa espera obter,no máximo atédezembro, as licenças ambiental e mineral do FEAM, Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), para então começar a produção.
Investimentos e empregos
A Rede Gusa pretende investir R$ 8 milhões nas instalações para a exploração do minério, basicamente em peneira, britador, correia transportadora, geradores e escritório. A operação de equipamentos (escavadeiras, carregadeiras, caminhões etc.) será totalmente terceirizada. Galo espera produzir 100 mil toneladas de minério por mês nos próximos 20 a 30 anos. A produção será escoada por carretas inicialmente para abastecer o mercado interno, ou seja, siderúrgicas instaladas em Divinópolis (União Siderúrgica), Congonhas/Ouro Branco (Gerdau Açominas), Ipatinga (Usiminas) e Sete Lagoas (Sidermin). Mas a Rede Gusa tem plano de abrir um “porto seco” em Entre Rios de Minas (ferrovia) para a exportação. O projeto já foi aprovado pela MRS Logística para embarcar o minério extraído das minas de Jacarandira, Morro do Ferro e Desterro 2 e 3 (Serra do Branco Branco).
Galo estima que serão criados inicialmente 280 empregos diretos, entre operadores de equipamentos e paineis, apontadores, balanceiros, pessoal de escritório e serviços gerais. O salário mínimo (para auxiliar) da mineradora é de R$ 700,00 na carteira, mais cesta básica. Além disso, ele calcula em cerca de 20 a 50 os funcionários terceirizados, sem falar dos empregos indiretos em borracharia, hotéis, restaurantes, posto de gasolina, construção de moradias etc., cuja demanda será estimulada pela presença da indústria.
Galo conta que cerca de 20 pessoas procuram o escritório por dia em busca de trabalho. Os interessados são orientados a deixar o currículo e aguardar o chamado da empresa para a função desejada. Enquanto isso, moradores de Jacarandira e região, como Silvinho, que acompanhou a reportagem do JL, mantêm viva a esperança de novas oportunidades de trabalho com a chegada da indústria de mineração.
Além dos impostos pagos à União e ao Estado, as prefeituras de Resende Costa e Desterro vão receber “royalties” de 2% sobre o faturamento mensal da Rede Gusa. Espera-se que parte dessa receita beneficie diretamente a região de Jacarandira. Além disso, a Rede Gusa está aberta a parceria com a prefeitura para promover melhorias na infraestrutura local (estradas vicinais, mata-burros etc.)
Preocupação ambiental
“Nós nos preocupamos muito com a parte ambiental, queremos trabalhar sério nesta área”, enfatiza Galo ao falar dos projetos da Rede Gusa de instalações, barragem e lavra aprovados pelas instituições oficiais. Entre as compensações, ele cita a conservação das estradas vicinais (por exemplo, instalação de cacimbas para segurar areia e material que provocam erosões nos pastos), preservação das nascentes e matas e recuperação de áreas com erosões. Na exploração das minas, na medida em que terminar um banco (camada de pedra), a empresa pretende plantar árvores e vegetação nativa.
Complexo mineral-ferrífero
A Serra do Carretão faz parte de um complexo mineral-ferrífero que abrange Morro do Ferro, em Oliveira (Rede Gusa), Ouro Fino, em Oliveira (Mtransminas), Passa Tempo e Desterro de Entre Rios.
A Rede Gusa, com sede em Belo Horizonte, possui seis fornos de ferro gusa em Sete Lagoas e minas de produção em Santa Maria de Itabira, Itabirito e Morro do Ferro. A empresa, com 1200 funcionários, tem projeto de 70 pesquisas de prospecção em Desterro, Oliveira, Congonhas e Resende Costa, entre outros.
Galo revelou, no final da entrevista, que Jacarandira tem potencial para produção industrial de outro tipo de matéria-prima, como a cassiterita. Tanto que a Rede Gusa já tem projeto de pesquisa para fazer essas sondagens.
Chegada da mineradora traz esperança a donos de terras
O primeiro agricultor a assinar contrato de pesquisa com a Rede Gusa foi Antonio Carlos de Andrade, o Tau, no final de 2007. Em seguida, seu pai, José Bernardino de Andrade, aceitou firmar o acordo com a mineradora para a sondagem em suas terras. Hoje, Tau está convencido de que a melhor proposta é fazer contrato de exploração com a Rede Gusa, que deve durar enquanto existir a mina, recebendo por isso o que é estipulado em lei.
Outra alternativa é vender a propriedade para a mineradora. É o caso de Newton Rodrigues de Oliveira, que avalia as possibilidades de arrendar ou vender seus sítios para a Rede Gusa. “Tudo depende da proposta”, afirma o agricultor. Por sua vez, Galo revelou que a empresa tem interesse em adquirir as propriedades de Nilton.
Newton mora no Sítio Carretão, que faz fronteira com a propriedade da Rede Gusa. Já no Sítio Cachoeirinha, mais conhecido por Café, o agricultor cultiva milho, feijão, hortaliças e capim.
No final de 2009, a Vale procurou Newton para realizar pesquisas de prospecção no Sítio do Café do Newton. O trabalho (de 2 a 9 de dezembro) foi conduzido pela empresa Boart Longyear, de acordo com placa no local, que traz ainda a informação “furo FDR 0020, com profundidade de 93 metros”.
A Vale também fez sondagens nas terras dos irmãos José Marciano de Andrade (Sítio Capoeira, na Serra da Galga) e Adão Marciano de Andrade (Sítio Ouro Fino), bem como na propriedade de Neris José Resende, na Serra do Carretão. A assessoria de imprensa da Vale informou ao JLpor telefone que a empresa não tem intenção de explorar minério na região.
Com a desistência da Vale, Galo aguarda apenas o vencimento do alvará de pesquisas da multinacional, que é de três anos, prorrogável para mais três. No entanto, a Rede Gusa pretende fazer mais furos na área onde tem autorização do DNPM, que coincide com as propriedades de Newton, para elaborar o plano de lavras.
Leitor do JL - 13/09/2011
O grande problema será as carretas na rodovia. Carretas pesadas, asfalto degradado. Quem circula pela rodovia entre Ritápolis, São Tiago e BR 381, já sofre com a falta de fiscalização e excesso de velocidade de alguns caminhoneiros.
Leitor do JL - 14/09/2011
Cabe aos poderes públicos a obrigação de proceder a conservação dessas rodovias de modo a atender convenientemente o trânsito dos veículos. Afinal, é um grande progresso para o esqueçido distrito de Jacarandira.Prestem atenção. Barroso era distrito pertencente a Dores de Campos. Queira Deus que o distrito de Jacarandira num futuro próximo se aproxime desse grande progresso que Barroso conseguiu através da produção do cimento.
Leitor do JL - 15/09/2011
Moradores reclamam de mineradora na zona rural de Santa Maria de Itabira
Moradores das comunidades de Cuité, Tatu, Pedras e Limeira, no município de Santa Maria de Itabira, a a 108 km de Guanhães, estão revoltados com a mineradora Rede Gusa, que explora minas em Cuité. Segundo denúncias, a empresa estaria cometendo irregularidades ambientais e deixando as estradas em situação precária. A empresa atua no local há cerca de dois anos, com uma pequena mina na serra conhecida como Pico do Minério. A matéria-prima é retirada a seco, mas a empresa, segundo moradores de Cuité, está sem local de depositar o que sobra da operação.
O problema mais grave seria numa subida conhecida como Morro da Lavra. No meio da subida está localizado o acesso da área de exploração. Como o minério é transportado para cima, do meio do morro para baixo, a estrada fica esburacada, principalmente em épocas chuvosas. Um morador informou que vários quebra-molas foram feitos improvisadamente pelos moradores das quatro comunidades para diminuir a velocidades dos veículos de carga.
Com a chegada da mineração, a expectativa das comunidades era de conseguir, além de empregos, estradas melhores – já que o transporte de caminhões passaria exatamente pelas mesmas vias de acesso. Mas isso não aconteceu. Como os caminhões são grandes e transportam cargas pesadas, a estrada de terra batida afunda e dificulta a vida dos motoristas de carros pequenos. Segundo um diretor da Rede Gusa, as denúncias estão vindo “de onde não deveriam vir”. O diretor afirmou que a empresa trata com muita responsabilidade todos os processos operacionais e faz de tudo para manter as estradas em boas condições de tráfego.
Ele afirmou ainda que há uma empreiteira contratada para cuidar da manutenção das vias, mas com as chuvas, fica difícil manter os trechos em condições ideais – além de as estradas serem de responsabilidade municipal. A respeito do rejeito, o diretor declarou que não existe. Segundo ele, ao longo dos trechos algumas cargas de minérios são despejadas, por problemas com caminhões, mas são recolhidas depois. O representante da mineradora ainda chamou de “baderneiros” os moradores que chegaram a interromper o trânsito por causa dos problemas denunciados por eles.
Fonte: http://www.vidanovafm.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=63:moradores-reclamam-de-mineradora-na-zona-rural-de-santa-maria-de-itabira&catid=127:noticias-do-brasil-e-do-mundo&Itemid=22
Leitor do JL - 15/09/2011
Vejam imagens:
http://www.defatoonline.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=16493
Leitor do JL - 15/09/2011
Vereadores de Santa Maria visitam mineradora em Cuité e ouvem reclamações
Os vereadores de Santa Maria de Itabira Luiz Alves, João Cornélio e Olacir Aparecido, presidente da Câmara, fizeram uma visita às comunidades de Tatu, Cuité e Itauninha, regiões rurais do município santa-mariense, no dia 9 de maio. Em cuité, que fica a 40 quilômetros de Santa Maria, os políticos visitaram a mineradora do grupo Rede Gusa, que tem sido alvo de reclamações constantes dos moradores.
Olacir (Grilo), natural de Tatu, como conhecedor da região, foi o guia da expedição. Em Cuité, na sede da empresa, eles foram recebidos por Ari Virgilio, gerente, que falou das dificuldades da mineradora em operar na região. “Foram dois anos apenas investindo, sem vender um quilo de minério. Somente no ano passado começamos operar. Somos hoje 30 funcionários trabalhando e, mesmo com a crise econômica mundial de 2009, a empresa manteve todos os funcionários”, disse o gerente.
A principal reclamação dos moradores de Cuité, Tatu, Pedras e Limeira, em relação à empresa, são com as estradas. “Os caminhões pesados vêm trazendo transtornos e problemas respiratórios, por causa da poeira, para todos que moram no Tatu. A empresa disponibiliza um caminhão pipa para amenizar a situação, mas ele passa apenas duas vezes por dia”, reclama Amilar Alves de Oliveira, dono da principal mercearia da comunidade.
Os habitantes afirmam também que a Rede Gusa poderia dar mais manutenção às vias. As pessoas sempre sofreram com a situação caótica dos acessos, mas com o início das operações, a coisa piorou: o trânsito intenso de caminhões faz ceder as vias e já resultou até em protestos.
Royalties
À Rede Gusa, os vereadores questionaram o motivo de nos últimos meses a empresa não ter feito o pagamento dos royalties. “Achamos estranho que foi depositado apenas o valor de R$ 400,00 e viemos saber o motivo” disse Grilo.
Ari respondeu que não tinha autorização para fala sobre assunto, mas deu algumas explicações dizendo que não houve venda de mineiro nos últimos meses e que faltaram os pagamentos, pois a Vale, principal cliente, cancelou alguns carregamentos, alegando que material estava com baixo teor de ferro.
Calçamento de Tatu
Luiz Alves perguntou se havia possibilidade de a empresa ajudar no calçamento de Tatu. Ari respondeu que a empresa tem interesse em ajudar e que existe uma proposta, mas o valor oferecido (R$10 mil) foi considerado pouco pela Prefeitura.
Estima-se que os mil metros de calçamento de bloquete, proposto pela Prefeitura para Tatu, custem em torno R$200 mil. A pavimentação asfáltica, que é um processo mais rápido, ficaria em cerca de R$ 1 milhão.
Fonte e mais fotos: http://www.defatoonline.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=17423
Leitor do JL - 15/09/2011
Em Congonhas o problema também é com a poluição do ar. O minério fica estocado e com os ventos a cidade fica suja e o ar poluído.
Como disse o diretor da empresa narrado por Ana Resende, o problema das estradas vai ficar na conta do município e dos moradores é claro.
Tem que acompanhar sim muitas mineradores não cumprem o que prometem e ou cumprem com suas obrigações ambientais.
Leitor do JL - 24/09/2011
É uma notícia auspiciosa a notícia da existência desta jazida de minério em nosa querida Resende Costa.
Sei que trará muitos benefícios. Contudo, para tal, é necessário tomar medidas preventivas em relação ao meio ambiente, através de um contrato muito bem feitop com a empresa que irá explorar a mineração, antes da implementação do projeto. A industrialização, quando indevidamente procedida, traz muitos contratempos, como problemas de moradia, de saúde pública e agressão à natureza. Tudo isto pode ser evitado com um contrato criteriosamente elaborado com a empresa. Certamente o prefeito Adilson está atento para apresentar à mineradora estas condições.
Francisco A. Resende
Leitor do JL - 24/09/2011
vc agrega camilhoes trasador
Leitor do JL - 26/09/2011
QUANDO VAI COMEÇAR A RETIRAR O MINERIO E PARA ONDE ELE VAI E VAI TRABALHAR SO CAMINHOES TRAÇADOS OU CARRETAS
Leitor do JL - 28/10/2011
Sabe-se que estas reservas são super dimensionadas. Especuladores do ramo minerário usam esta tática para ver se algum trouxa adquire os direitos minerário por valores fora da realidade.
O histórico ambientai e outros desta mineradora citada também não é nada favorável, basta fazer uma pesquisa junta a cidade de Sete Lagoas, onde ela atua no ramo siderúrgico. Qualquer um que entende o mínimo sobre mineração vai concluir que é impossível uma reserva de 180 milhões de toneladas de minério nesta região.
Leitor do JL - 07/11/2011
para onde mandar curriculo
Leitor do JL - 15/11/2011
Eu gostaria de saber se a exploraçao em desterro e so o ferro gusa?
Leitor do JL - 14/02/2012
como eu faco para mandar curriculo
Leitor do JL - 24/03/2012
Vão contratar operador logístico?
Pra onde mando meu currículo?
Leitor do JL - 24/03/2012
Pra nossa alegria...vão contratar operador logístico?
Leitor do JL - 28/03/2012
Estes empregos citados na matéria realmente existirão para nossa região. Obviamente aqueles trabalhos braçais porque ninguém citou nesta matéria que existe interesse da mineradora em promover treinamentos, cursos e capacitação para cargos que exigem especialização. Desta forma mais uma vez a cidade fica com as migalhas daqueles que virão de fora ... sinto muito, mas duvido que algum morador da nossa região será admitido por esta empresa para qualquer cargo que não seja trabalho pesado. Tudo isto é somente ilusão para levar algumas toneladas de minério, o que para a empresa representará lucro ... para o município e principalmente moradores daquele povoado representará perdas antes, durante e após a instalação destes predadores. A pior herança será um grande vazio nos bolsos, o que já ocorre hoje na economia do município e um enorme buraco na Serra do Carretão. Não estou sendo ambientalista, apenas realista. É uma pena porque se este bendito progresso realmente chegasse à nossa cidade, acompanhado de uma verdadeira política econômica, social, cultural e ambiental buscando sustentabilidade ... ohhh, como seria bom e gratificante não somente para nós, mas também para nossos filhos e netos.
Leitor do JL - 29/03/2012
SO LOROTA
Leitor do JL - 29/03/2012
SO LOROTA
Leitor do JL - 29/03/2012
SO LOROTA