Para evitar repetição, comuniquei-me com o André, editor-chefe do Jornal das Lajes, perguntando se havia alguém da equipe que ia escrever sobre Folia de Reis. Respondeu-me que não.
É o que faço agora. Dedico este texto a Tim Maia (1942 - 1998), cuja música “Hoje é o dia de Santo Reis”, estou ouvindo agora.
Concordo com algumas partes da letra de sua música, que transcrevo para que algum leitor, pouco habituado a ouvi-lo, possa ter ideia. “Hoje é dia de Santo Reis/ Anda meio esquecido/ Mas é o dia da festa / de Santo Reis / anda meio esquisito / mas é dia da festa / De Santo Reis. / Eles chegam tocando /sanfona e violão / os pandeiros de fita / carregam sempre na mão / eles vão levando /levando o que pode / se deixar com eles / eles levam até os bodes / é os bodes da gente /é os bodes da gente / é os bodes, mééé / é os da gente /é os bodes, mééé./ hoje é dia de Santo Reis /hoje é dia do Santo Reis /hoje é o dia / yah, yeah,yeah, de Santo Reis / hoje é dia de Santo Reis / é o dia da festa yeah,yehah / hoje é o dia de Santo Reis/ hoje é dia de Santo Reis /
A Folia de Reis faz parte do folclore brasileiro. Luís Câmara Cascudo (1898 -1986) que o diga em seu “Dicionário do folclore brasileiro”. Espalhou-se pelo estado de Minas Gerais e também em alguns estados do Nordeste. Foi introduzida no Brasil faz séculos pelos portugueses, nossos colonizadores.
Aqui em nossa cidade sempre foi venerada. Até hoje. No passado, receber a visita dos foliantes de reis com seus instrumentos era uma honra. Será que nos dias atuais é assim? Lembro-me da minha juventude lá no Tijuco, onde nasci e fui criado. Eram recebidos com café e biscoito. Cantavam, tocavam e pediam doações. Não sei se para os pobres ou para a paróquia.
É o que penso. E você?